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Carlo Ancelotti, apresentado em maio como técnico da Seleção Brasileira, afirmou, em entrevista ao jornal italiano Il Giornale, publicada nesta sexta-feira (22), que ainda se adapta às particularidades do futebol no país. O treinador descreveu diferenças operacionais e episódios observados nos primeiros meses à frente da equipe.

Em relato sobre a experiência em partidas locais, Ancelotti disse: “Aqui se jogam torneios regionais também, como o Carioca e o Paulista, com vários jogos e viagens muito longas, algumas delas de seis horas. Fui ver Internacional x Flamengo, e os torcedores jogaram toneladas de papel, o vento carregou tudo para o meio do campo e a partida teve um atraso de 20 minutos. É um mundo engraçado”.

O técnico, que comandou a Seleção Brasileira em duas partidas até o momento, afirmou estar satisfeito com a experiência e disse residir no Rio de Janeiro para se familiarizar com o ambiente local. Segundo ele, a convivência no país permite “entender, estudar, aprender”. As declarações sobre organização e qualidade dos jogadores foram destacadas durante a conversa com o periódico italiano.

Questionado sobre planos pessoais e carreira, Ancelotti declarou: “Tenho três opções: ficar aqui, encontrar algo interessante ou me demitir”. O treinador, de 66 anos e com passagens por clubes como Milan e Real Madrid, evitou previsões longas sobre o futuro e disse que a aposentadoria não está nos planos imediatos.

Na mesma entrevista, Ancelotti comentou também sobre o calendário do futebol internacional e a sobrecarga de partidas em nível de clubes e seleções, defendendo a necessidade de revisão por parte de entidades como FIFA e UEFA.