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“Terra Nostra”, novela de Benedito Ruy Barbosa, retorna à Globo segunda-feira, dia 1º, 26 anos após a exibição original, como novidade da sessão Edição Especial.

Exibida originalmente em 1999, a trama é o primeiro título da faixa das 21h a ser reprisado no ‘Edição Especial’, retornando à programação no ano em que a emissora celebra 60 anos.

Tem como pano de fundo a saga da imigração italiana no final do século XIX e seus efeitos na formação da sociedade brasileira nas décadas seguintes.

Ambientada em São Paulo, narra essa história a partir do romance entre um jovem casal de italianos, Matteo e Giuliana, interpretados por Thiago Lacerda e Ana Paula Arósio.

Tudo começa em 1894, quando milhares de camponeses italianos fugiam da grave crise econômica que assolava a Europa para tentar a sorte em terras brasileiras.

As gravações da novela envolveram cenas captadas no exterior e em diferentes localidades do estado de São Paulo.

Para as sequências do embarque e da travessia, uma equipe de cerca de 50 profissionais, entre equipe técnica e elenco,e aproximadamente 300 figurantes – incluindo ingleses, gregos e italianos – viajou para a cidade portuária de Southampton, no sul da Inglaterra, para filmar no S.S. Shieldhall, construído em 1940.

A novela tem direção-geral de Jayme Monjardim e direção de Marcelo Travesso e Carlos Magalhães. Também estão no elenco Antônio Fagundes, Débora Duarte, Paloma Duarte, Ângela Vieira, Maria Fernanda Cândido, Jackson Antunes, Antônio Calloni, entre outros.

Como recebeu a notícia da reprise da novela, agora, mais de duas décadas depois?

DD – Fiquei muito contente. Foi um trabalho muito bonito, uma novela muito bem escrita e dirigida, com um elenco maravilhoso. Tenho o maior carinho por essa obra e será um prazer revê-la.

Trabalhar um texto do Benedito, que escreve personagens femininas tão fortes, mesmo quando vivem situações de fragilidade, é diferente?

DD – O texto do Benedito é sempre muito bem-vindo. Ele é um grande autor, e essa personagem foi maravilhosa de interpretar.

Dentro do núcleo familiar de Maria do Socorro estava Angélica, filha da personagem, interpretada por Palomma Duarte, sua filha na vida real. Como foi essa dinâmica em família no set?

DD – Não trouxemos nada da nossa relação pessoal para esse trabalho, estávamos ali realmente como aquelas personagens, Maria do Socorro e Angélica. Agora, trabalhar com a Palomma foi muito especial, porque admiro profundamente a atriz que ela é e seu grande talento. Quando eu não estava em cena, aproveitava para vê-la atuando. Ficava lá, toda feliz e orgulhosa, observando-a.

Quais vivências da Maria do Socorro foram mais marcantes para você, como atriz?

DD – Uma cena que me emocionou muito foi o parto da Maria do Socorro no meio do mato. Era uma cena forte, e foi feita com muita competência por toda a equipe, lindamente escrita, dirigida e interpretada.

E como foi a parceria com Antônio Fagundes na construção da relação entre Maria do Socorro e Gumercindo, personagem do ator?

DD – Eu e o Fagundes funcionamos muito bem juntos em cena, havia uma química bacana. Posso dizer que ele foi um dos meus melhores maridos na ficção! (risos)

Que lembranças você guarda desse trabalho e da rotina de gravação?

DD – Lembro que foi um trabalho muito prazeroso, porque a equipe era formada por ótimos profissionais e pessoas muito boas. Acredito que, quando o ambiente nos bastidores é bom, isso se reflete na tela de alguma forma. Por isso, acho que ‘Terra Nostra’ se tornou essa grande novela.