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FIFA pune Argentina com multa milionária por racismo em jogo das Eliminatórias

04/09/2025

Entidade também puniu outras cinco federações e aplicou suspensão a Enzo Fernández após jogo contra a Colômbia




A FIFA anunciou, nesta quarta-feira (3), uma série de punições a federações nacionais por episódios de racismo durante as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Entre elas, a Associação de Futebol Argentino (AFA) foi multada em 120 mil francos suíços, o equivalente a R$ 814 mil, em razão de atitudes discriminatórias de torcedores no jogo contra a Colômbia, realizado em 10 de junho, em Buenos Aires.


De acordo com a entidade, a denúncia se refere a um único episódio registrado durante a partida, que terminou empatada por 1 a 1. A Fifa não especificou os detalhes do ato, mas confirmou que o valor da multa está próximo de US$ 150 mil. Além da sanção coletiva, o jogo também trouxe consequências individuais. O meio-campista Enzo Fernández foi punido com multa de 5 mil francos suíços, cerca de R$ 34 mil, por conta de uma falta considerada perigosa. O atleta ainda recebeu suspensão de dois jogos oficiais.


Atual campeã mundial, a seleção argentina já garantiu vaga antecipada no Mundial de 2026, que será realizado nos Estados Unidos, Canadá e México. Mesmo assim, a AFA terá de arcar com as punições financeiras impostas pela Fifa, que reforçou a adoção de uma postura mais rígida contra casos de discriminação no futebol.


A decisão também atingiu outras federações. Albânia, Chile, Colômbia, Sérvia e Bósnia-Herzegovina receberam multas por episódios classificados como “discriminação e abuso racista”. A sanção mais alta foi aplicada à federação albanesa, no valor de 161,5 mil francos suíços, pouco acima de R$ 1 milhão. O Chile foi multado em 115 mil francos suíços, a Colômbia em 70 mil, a Sérvia em 50 mil e a Bósnia-Herzegovina em 21 mil.


Segundo a entidade, as multas de seis dígitos refletem a nova diretriz estabelecida em sua última reunião anual, em 2024, que determinou medidas mais duras para coibir a discriminação. Em grande parte dos casos, a Fifa também exigiu que as federações apresentem um “plano de prevenção” a ser implementado em futuros jogos.



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