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Juiz rejeita processo de Drake por difamação contra Kendrick Lamar por "Not Like Us"

11/10/2025

Decisão chega pouco menos de um ano após ação do rapper canadense




A ação de difamação de Drake contra a Universal Music Group (UMG) referente à música “Not Like Us”, de Kendrick Lamar foi rejeitada por um juiz federal. Segundo o masitrado, a disputa verbal durante uma "batalha acirrada de rap" não violava a legislação e que parte do caso era "logicamente incoerente".

O processo de Drake foi julgado improcedente, com o juiz considerando as letras ofensivas como uma forma de "hipérbole" que não poderia ser difamatória, pois os ouvintes não levariam aquilo como fatos. O juiz ressaltou que a batalha de palavras entre Drizzy e Lamar, composta por sete faixas, foi alvo de intensa cobertura midiática e debates online.

Mesmo se tratando de uma acusação séria, o contexto mais amplo de uma disputa acirrada, repleta de linguagem incendiária e acusações ofensivas de ambos os lados, não induziria um ouvinte razoável a interpretar a letra como fatos verificáveis sobre Drake. Este desfecho encerra abruptamente uma batalha legal que surpreendeu a indústria musical. Desde o início, poucos esperavam que um rapper reagisse a uma música de diss com um processo, gerando críticas no mundo do hip-hop e de estudiosos do direito. Além disso, o fato de ter processado sua própria gravadora, a UMG, aumentou ainda mais o espanto.

Após o desfecho do julgamento, os advogados de Drake expressaram a intenção de recorrer da decisão. Por outro lado, um porta-voz da UMG celebrou a sentença, afirmando que "desde o princípio, este processo foi um ataque à liberdade criativa dos artistas e nunca deveria ter prosseguido".

A disputa entre Drake e Kendrick Lamar culminou com este embate legal, que alcançou seu clímax quando K.dot fez da música o destaque de sua apresentação no intervalo do Super Bowl, provocando diretamente seu rival.

A decisão judicial reiterou que os ouvintes normalmente não esperariam "relatos factuais precisos" de uma faixa de diss repleta de insultos, ameaças e linguagem figurada, realçando que, em tal contexto, a antecipação é de retórica fervorosa e não de afirmações de fato. Assim, a corte decidiu a favor da UMG, encerrando a controvérsia.


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