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04/11/2025
Depois de sete anos sem lançar um álbum, Lily Allen voltou aos holofotes com “West End Girl”, um projeto intenso que foi escrito em apenas duas semanas. A cantora revelou que começou o trabalho em dezembro de 2024, logo após o fim do casamento com o ator David Harbour, e usou o processo criativo como forma de transformar dor em arte.
O disco nasceu em meio a um turbilhão de emoções, que não só marca uma nova fase na vida pessoal e profissional da artista, mas mostra o processo de composição dela ao reencontrar sua identidade no pop.
“Já estive nesses lugares contra a minha vontade, e acho que isso, agora, é um progresso. É força. Eu sabia que o que estava sentindo era intenso demais para lidar sozinha e percebi que precisava de um tempo afastada”, declarou Lily ao refletir sobre o período em que decidiu escrever o álbum.
O nome do disco não foi escolhido ao acaso. Apesar de remeter ao clássico dos anos 1980 do duo Pet Shop Boys, “West End Girl” também faz referência ao período em que Lily se dedicou como atriz no teatro.
Entre 2021 e 2025, ela deixou as turnês no universo da música para atuar nos palcos do West End. Durante esse período, a artista garantiu elogios da crítica e até uma indicação ao Prêmio Olivier, um dos mais conceituados do teatro britânico.
Os rumores da traição de seu ex-marido ficaram mais intensos após Lily dizer que o processo de gravação foi o mais rápido de toda sua carreira: o álbum foi finalizado em apenas duas semanas. A sonoridade mistura pop alternativo, garage britânico e R&B, enquanto as letras exploram temas como traição, confusão emocional e reconstrução.
Faixas como “Madeline” e “Ruminating” abordam diretamente sentimentos de descoberta e dor, enquanto “Sleepwalking” reflete a sensação de estar presa entre o passado e o que ainda precisa ser curado.
Embora o álbum tenha fortes referências autobiográficas, a artista fez questão de destacar que “West End Girl” não é um “disco de vingança”. Segundo ela, o projeto representa uma fase de autoconhecimento e amadurecimento: “Não sinto mais raiva nem confusão. Esse álbum é sobre força, se olhar pra dentro e seguir em frente”, declarou.
Em depoimento para a “Vogue” britânica, Lily ainda fez questão de dizer que nem tudo é sobre ela, que como uma boa artista, mesclou bem biografia com ficção: “Há coisas [neste álbum] que vivenciei em meu casamento, mas isso não quer dizer que tudo seja verdade”, explicou.
O álbum termina em tom confessional, com Lily refletindo não apenas sobre o divórcio com David Harbour, ator que faz parte do elenco de “Stranger Things”, mas também sobre a busca por equilíbrio emocional, além da sua luta contra o vício em drogas e álcool, do qual está afastada faz seis anos.







