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O humorista Leo Lins publicou em seu canal no YouTube um vídeo no qual acusa o também humorista Bruno Lambert, ex-gerente do My Fucking Comedy Club, bar administrado por Danilo Gentilli, de desviar dinheiro do estabelecimento. O conteúdo, divulgado na última quinta-feira (21/11), ultrapassou centenas de milhares de visualizações em poucas horas e desencadeou uma série de repercussões nas redes sociais. As declarações, no entanto, são acusações e ainda não há manifestação pública de Lambert ou da gestão do bar.

“Ele roubou o Danilo Gentilli”

No vídeo, Léo Lins abre a exposição com uma acusação direta. “Vamos direto ao ponto. Bruno Lambert é o seguinte: ele roubou o Danilo Gentili”, disse.

Em seguida, Lins afirma que Gentili teria dado ao ex-gerente “oportunidade de carreira, trabalho, visibilidade, credibilidade e emprego”, e completa: “E ele retribuiu como? Roubando. Essa foi a moeda de troca”.

A trajetória de Lambert antes da crise

Ao contextualizar a carreira de Bruno Lambert, Léo Lins afirmou que o colega “nunca foi um comediante de expressão” e que conciliou apresentações com o trabalho no Banco Safra.

“Fazia por gosto, não conseguia viver exclusivamente da comédia. Tinha sua fonte de renda primária como banqueiro”, contou.

Ele também mencionou o episódio que levou Lambert ao centro de uma controvérsia pública em 2023.

Naquele ano, o humorista foi denunciado pela deputada Tabata Amaral por uma piada contada durante um show.

A representação citava suposta discriminação contra pessoas com deficiência. Lins relembra: “Ele sofreu uma denúncia […], perdeu seu emprego no banco Safra. Depois da investigação, ele foi absolvido”.

A ajuda de Danilo Gentili após a denúncia

Segundo Léo Lins, foi após a crise que Danilo Gentili decidiu empregar Lambert. Ele afirma que Gentili contratou o humorista para gerenciar o My Fucking Comedy Club e que, além da função administrativa, Lambert passou a se apresentar regularmente na casa.

“Ele tinha uma noite com o nome dele, agregou valor de mídia ao nome artístico”, descreveu.

Lins acrescenta que Gentili teria ajudado Lambert a lançar um selo próprio ligado à marca de charutos do apresentador e que o colega chegou a ser entrevistado no programa The Noite: “Algo que, se dependesse exclusivamente dele, jamais conseguiria”, observou.

O suposto esquema de desvio

A denúncia central apresentada por Léo Lins envolve um suposto esquema de “rachadinha” operado por Lambert com garçons do bar.

“Ele roubou dinheiro do bar criando um esquema de rachadinha, desviando dinheiro do Comedy Club”, afirmou. Segundo Lins, o esquema teria durado “um bom tempo”, até que inconsistências no caixa acenderam o alerta.

O humorista relata que uma investigação interna precedeu o acionamento da polícia: “Ao fazerem uma investigação, conseguiram detectar esse roubo”. Ele também diz que autoridades foram ao local e teriam “desmascarado o esquema ilícito”.

Léo Lins conclui pedindo que Lambert reflita sobre o episódio: “Espero que ele coloque a mão na consciência e pense a respeito disso”.

O episódio com Tabata Amaral

O passado recente de Lambert voltou a circular após a publicação do vídeo. Em fevereiro de 2023, o humorista foi denunciado por Tabata Amaral após uma piada sobre uma relação com uma mulher cadeirante. À época, a deputada afirmou que as falas configuravam capacitismo.

Lambert negou a acusação e declarou: “As pessoas estão com uma dificuldade gigantesca de diferenciar o CPF do personagem que está ali no palco”. Ela Também comentou sobre a demissão do Banco Safra após a repercussão: “Simplesmente me denunciou, e consequentemente minha vida foi virando de cabeça pra baixo. Hoje fui demitido”. O caso terminou com a absolvição do humorista.

Polícia, investigação e silêncio

Fontes ligadas ao My Fucking Comedy Club confirmaram que a polícia esteve no local na segunda quinzena de novembro para averiguar denúncias de desvio administrativo. O prejuízo não foi tornado público, mas funcionários classificam o impacto como “significativo”.

Danilo Gentili, até o momento, não se pronunciou sobre as acusações. Vídeos e publicações sobre o caso se multiplicam nas redes sociais, e comentários no X, ex-Twitter, ampliam a repercussão.